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Sou Anápuáka Muniz Tupinambá Hã-hã-hãe, 37 anos,Residente no Bairro de Santa Cruz – Zona Oeste do Rio de Janeiro – RJ, filho de Dario Muniz (Etnia Tupinambá) e Elisete Muniz (Tupinambá com negro), um irmão Parakaru Muniz Tupinambá, vim do T.I. Caramuru Catarina Paraguassu | Pataxó Hã hã hãe - Aldeia Água Vermelha / Pau Brasil – BA, Tecnólogo da Informação e Comunicação e Agente Cultura Indígena, Membro da Rede de Cultura Digital Indígena,Conselheiro Suplente da Região Sudeste do Colegiado Setorial de Cultura Indígena / Ministério da Cultura - CNPC -Conselho Nacional de Política Cultural.
Cinemaartes: Fale sobre a produção dos documentários e filmes com a temática indígena no Brasil, qual sua opinião?
Anápuáka: A produção de documentários sobre as culturas indígenas no Brasil sempre teve o toque do não indígena por décadas seja com visão do mítico e romancista de alguns cineastas ou a do intocável e protegido como se nós não tivéssemos a fala segundo os antropólogos da linha formação de algumas faculdades brasileiras onde só eles acham que sabem o que é ser índio ou nossa cultura, assim tudo fica falso na ideia do conteúdo final.Tiveram sua importância enquanto não havia quem o fizesse, deu algumas idéias aos cineastas produziu a partir de suas fantasias, misturam culturas indígenas como se fossem uma só a diversidade nunca foi o critérios de uma produção indígena, captava imagens editavam, sonorizavam com sons uma bioma diferente e musicas instrumentais de que a cultura não usam e cantos de culturas e línguas que nem passam próximos ao troncos linguistícos agiram pior de que os estrangeiros que falam que a capital do Brasil é Buenos Aires e que vivemos em florestas cheia e macacos e anacondas (nossa sucuri) “ quem dera se nossos biomas fossem todos assim preservados”, Vou citar um o filme que me marcou: “Como era gostoso o meu francês” é um filme brasileiro de 1970, do gênero aventura, dirigido por Nelson Pereira dos Santos, o fator positivo do filme esta se tri-lingue (português / tupi / francês), foram bem atentos em detalhes culturais sócio étnico. Na atualidade nos últimos 10 anos teve se um foco no audiovisual cito Coletivos Kuikuro mesmo tendo dedos de antropólogos teve grande avanços em sua produções com olha do próprio indígena com a narrativa indígena, livre de conceitos regrais com técnica mas livre de ser o filme da tela grande, apenas e conscientemente filmes de documentação de uma grupo paralelo ao vídeo um meio que nos sempre usamos o áudio a oralidade igualando a que nós já temos como preservação contar as nossas historias não um audiovisualizado é sim um audiovisualizador. Gostei da DVD AVA Marandu“ Os Guaranis convidam”.
Cinemaartes: Quais as dificuldades do cinema indígena? : cineastas, produtores, atores, espaços, apoios
Anápuáka: Formação de indígenas é restrita a projeto e programas onde se apresenta os indígenas mega tecnologia Macs, Câmeras HD toda uma logística vão embora e como ficam ? Aqui no Rio de Janeiro temos a escola de cinema Darcy Ribeiro que tem três alunos indígenas uns do poucos que tema formação técnica com melhor formação na minha concepção não menosprezando os que têm construindo algum conteúdo de audiovisual na labuta do dia dia, a falta de formação detalhada e especifica faz que não se tenha uma boa equipe de produtores, atores ate vejo esta questão e documentários com atores complexa, vi alguns filme com ficção indigena que ate foram legais e engraçados pois passam pelo mesmo processo dos não indígenas no amadorismos mas no final tudo acaba bem, outra dificuldade e com mais dificuldade é que na distribuição de conteúdo fica meio que marginalizado onde se ver este conteúdo meia dúzia vê, em evento de meia porta aberta, universidades, mostras ou alguns espaços culturais mas na tv brasileira não tem esta participação na grade de programação da tv comerciais proprietárias pelas 11 famílias detentoras de todo canais de tv do Brasil seja ela aberta ou por assinatura, so para lembra ninguém da minha família faz parte desta 11 famílias que monopolizam a liberdade de comunicação.
A tv seria ótimo meio porque a população brasileira usa ela como meio de saber a verdade destes donos de midias, outro local de distribuição que vejo como um meio não é ideal a o videoblogger tipo videolog, youtube, justingtv todo ele se apropriam do conteúdo e recebem por isso ninguém tem a participação de nada no lucros com conteúdo indígenas de grande relevância a cultura mundial, o investimento são complexo também peça a um índio para cumprir um edital do governo impossível, so teve um edital que teve a possibilidade de se fazer e responder via audiovisual o de Culturas Indigenas mas ate agora nada de presença deste edital o governo federal na representação pelo o Ministério da Cultura não deu aval a continuação do edital e olha que nem todo o financiamento vem dos cofre do ministério da cultura, na verdade nada ate agora foi a frente sobre a cultura Indígenas nos ministérios, assim o acesso a estes conteúdos e restrito da mesma forma que as politicas públicas. Mas posso pontuar estamos nos apropriando, com e sem ajuda e vamos dar uma reviravolta digna de revolução indígena.
Cinemaartes: Como os indígenas podem ter acesso e qual opinião deles em relação aos filmes de temáticas indígenas?
Anápuáka: Acabam recebendo somente na avant première dentro de aldeia, ou entre indígenas em suas apresentações publicas e rodas de prosa, palestras, workshop ou em complemento atrativo em venda casada com seus artesanatos, distribuindo de mão em mão, um ponto negativo da escola de cinema do brasil é achar que os filmes só devem se exibido em festivais discordo totalmente temos a web, mostras, cineclubes, salas de multimídias de escolas publicas e particulares que podem adquirir os conteúdos assim gerando sustentabilidade ao projeto do vídeo um outro ponto positivo e que um percentual da etnia documenta fica curiosa em se ver na tela e quando o conteúdo esta finalizado as copias que tem tratam com orgulho e sabem que ali tem uma parte de sua vida, de sua família e de seu povo para todo sempre.
Cinemaartes: fale sobre sua atuação: militância que liga sua historia ás mídias, cinema e vídeos
Anápuáka: Minha vida de comunicação começa cedo na aldeia lendo documentação nas reuniões de família sobre a questão da terra, mudei para Rio de Janeiro em 1987 para estudar, em 1988 começo estudar informática programação Basic na época muitas linhas pra fazer um ponto se deslocar usando o PC 500 e no TK90 e TK 2000, computador da época, aprendi usar o MSX também um computador era console game e computador juntos usavas como HD fitas, cartucho game e uma memoria ROM, logo após passo ter aula de desenho publicitário, melhor com um ex professor Paulo Adão, onde começo a fazer um Zine para o condomínio onde eu morava, foi legal, ai fui DJ e locutor na função de dj fui um fracasso, fui locutor de carro de som e onde me levou ate a radio comunitária e radio comercial AM, na mesma época namorei uma menina onde seu pai tinha uma produtora de vídeo em um resort em Angra dos Reis - RJ onde fui apresentado ao audiovisual nada fiz na época, mas gostei da coisa, um ano depois fui trabalhar em uma radio comunitária onde me levou ter o conhecimento de mídias comunitária, piratas, livres participei do FNDC, fui diretor da AR LIVRE uma associação de rádios comunitárias do estado Rio de Janeiro, estava casado com uma jornalista Helen Marcy (in memoriam |*1965 - 2006),que deu muitas dicas de que ler e como praticar radicalismo e o meu primeiro PC um Pentium 100, fomos trabalhar em um Jornal Black News (tabloide), noticias era sobre a sociedade descriminada só que faltava índio nos texto onde adicionamos e eu passei ajudar no conteúdo fazer pauta, editorar com um grande cara Alex Barbosa onde tomei pernas pra poder editora o conteúdo que eu quisesse e paralelo aprendi HTML linguagem de programação web, ai foi o salto fiz freelance em jornais de grande circulação, freelance de locução mas faltava mais que era usar tudo isso em prol do povos indígenas.
Em 19 de abril de 2001, ganhei de presente no dia do índio uma grande surpresa acessei um site chamado Indios Online e no chat naquele dia entrei contato com minha família na Bahia na aldeia via web, mais uma etapa é conquistada nesta formação eu podia e tinha como ajudar onde me envolvi, administrei o site, entrevista via chat, participei dos conteúdos, Arco Digital que era um projeto do site também, fui contratado pela OngThydewas que coordena juridicamente e financeiramente para desenvolver um projeto chamado Indios na Visão do índios uma publicação de 68 paginas sobre cada etnia que fazia parte de sua proposta de gestão, o primeiro foi Pataxó Hã hã hãe, segundo Pataxó do Prado onde já rascunhava se um com proposta de indígenas digitais mas não editorei e logo em seguida o Nós Tupinambá e saio do projeto Índios Online em 2007.
Acabo participando de vários eventos como palestrante de cultura, cidadania, Direitos Humanos, Medicina e Tecnologia cito Campus Party três anos seguidos, Fórum de Cultura Digital todos anos realizados, em 2007 desenvolvo no wordpress um blog chamado Web Rádio Brasil Indígena, participo da Jogos indígenas onde fico como responsável dos conteúdos para Índios Online, WRBI, jornais comunitários de RJe apoiando conteúdo para estudardes de Comunicação da Uneb, fui convidado para criar conteúdo para a TV Brasil que era fundada naquele ano onde fizemos também conteúdo no Jogos Indígenas para as Tv Integracion, TVE e Radiobras onde ouve a fusão nasce a TV Brasil, alguns vídeos especifico para Encontro de Meio Ambiente em Bali diretamente de Olinda – PE, criamos três vídeos disponível no Youtube que esta no meu Canal Anapuaka para o Outro Olhar e Curta Tv, já em novembro de 2008 nasce mais clean e com mais suporte tecnológico a Web Brasil indígena com proposta livre e CreativeCommons 2.5, com a parceria da Hostnet um provedor de web aqui no Rio de Janeiro e a professora Rosane Faria onde foi desenvolvedora do estético do site e coordenadora algumas diretrizes e objetivos da Web Brasil indígena. Hoje estou em um projeto chamado Rede de Cultura Digital Indígena em desenvolvimento que será uma fantástica porta de entrada e saída de conteúdos indígenas do Brasil.
Anápuáka Muniz Tupinambá Hã-hã-hãe (Etnia Tupinambá)
Terra Indígena Caramuru Catarina Paraguassu - Aldeia Água Vermelha / Pau Brasil - BA
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